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Saudades do AVA?



   O começo do semestre de 2013 chegou sem as atividades AVA e muitos professores tiveram que re-planejar sua programação para incluí-las posteriormente. Alguns estranharam a falta da ferramenta, outros, nem tanto assim. Para o melhor aproveitamento do processo de ensino-aprendizagem contemporâneo, um ambiente virtual de aprendizagem requer cuidados constantes e a participação ativa de todos. A Monitoria conversou com o professor Francisco Lopes, o novo gestor do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) na FESPSP. Muito dedicado à questão, o professor Francisco quer provocar um planejamento para potencializar as funcionalidades do AVA através de treinamentos, tutoriais e da sua própria mediação com os professores e alunos, tirando dúvidas e mapeando necessidades, principalmente. 


 

 E como está o AVA hoje?

    O professor Francisco explica as mudanças que o AVA sofeu:  “O processo de migração com o sistema Universus para o AVA já foi validado. Foi um processo em nível de sistema, com o pessoal da informática, para levar informações da secretaria para dentro do AVA. Então, o nível de informação de dados básicos do aluno (RA, nome, curso, disciplinas) já estão entrando automaticamente (antes essas informações eram inseridas manualmente). Não vai mais precisar fazer isso, já é um trabalho a menos. Agora já podemos receber os conteúdos e as demandas dos alunos.”

   O ambiente, na apresentação do professor Francisco, estará melhor para todos: “Já houve melhorias no AVA anteriormente, agora estamos na versão 2.0.” Esta nova versão vai exigir, como agenda oficial do AVA, cursos curtos de ambientação para todos os alunos. “Não mudou muita coisa”, explica o professor, “mas sabemos que o usuário (aluno ou professor) ainda enfrenta dificuldade na interface do ambiente”.

As perspectivas para o AVA

“Daqui em diante, como gestor, quero uma relação estreita com os alunos e professores para priorizar as necessidades. E também pensar mais estrategicamente o AVA no sentido de estimular, ou potencializar as suas funcionalidades de ensino à distância, para que ele não seja apenas utilizado como repositório de materiais didáticos.” Para colocar esses planos em ação durante o semestre, o professor Francisco quer explorar treinamentos e fazer um manual mínimo de funcionalidades do sistema.

 “Á medida que formos avançando no planejamento de uso da ferramenta, vamos elaborar os outros tipos de manuais. Imagino que vamos fazê-los por blocos, por exemplo: Como subir um documento? Como acessar um sistema? Como montar um questionário (no caso, para o professor)? Como aproveitar que o sistema corrija os exercícios?  A intenção é explorar mais essas ferramentas de interatividade, que são muito pouco utilizadas”, diz o gestor.


Check list de necessidades

  Ciente do perfil de seu público, o professor quer manter um controle das suas exigências: “Para mapear as necessidades, levantaremos um check list com todos os alunos, e esse mapeamento será uma atividade permanente.” Mas, o professor Francisco já começa este processo convidando os representantes de turma a coletarem essas questões e lhe entregarem. Com esse chek list, vamos avaliar a execução de cada uma delas a médio e longo prazos, e vamos melhorando mais ainda a ferramenta.” Esta assistência é pessoal: o professor Francisco está à disposição dos alunos às segundas de manhã e às terças e quartas à noite, no Casarão. “Mas, vou pedir a colaboração de todos, pois nem tudo poderá ser feito de imediato.”

  Como um novo membro do corpo docente da FESPSP, o professor contou um pouco sobre a sua (vasta) experiência na área, as competência necessárias para exercer essa função e deixou uma dica para quem gosta de tecnologia: “Eu tenho uma interface boa com tecnologia, então não fica difícil fazer a gestão de uma plataforma como o moodle (plataforma na qual o AVA está estruturado). Porém, quando falamos de ambientes virtuais de aprendizagem, e levando isso para Biblioteconomia, essa é uma área ainda pouco explorada e muito carente de profissionais com competências de pesquisa, de informação e de mediação de processo pedagógicos, que é uma mediação muito diferente daquela praticada no espaço físico em que o professor atua. É uma oportunidade para nós, profissionais de informação, caso haja interesse em atuar em bibliotecas digitais, que têm uma interface com a educação à distância, e com o ambiente virtual de aprendizagem. Existem, na área de educação à distância, os conteúdistas. O bibliotecário, por andar em várias áreas, pode atuar como conteudista no ensino à distância, que precisa desses profissionais para escrever, para resumir, para formatar o conteúdo, pois nem sempre é o professor que faz isso. Geralmente, ele já pega esse material pronto que outro profissional preparou. Fica a dica, então, para atuação do bibliotecário como conteudista para ambientes virtuais. É um nicho interessante.” 
  


Quem é Francisco Lopes de Aguiar


O Professor Francisco será o novo gestor do AVA da FESPSP
Doutorando no Programa de Pós-Graduação de Ciência da Informação da Universidade de São Paulo- ECA/USP. Mestre em Ciência da Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC e bacharel em Biblioteconomia e Ciência da Informação pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo FaBCi-FESPSP. Docente no curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação da FaBCi-FESPSP e do curso de Pós-Graduação em Planejamento e Gerenciamento de Sistemas de Informação. Coordenador da Comissão de Fiscalização no Conselho Regional de Biblioteconomia do Estado de São Paulo/CRB8º e Editor de Tecnologia da Revista CRB8 Digital. Tem experiência na área de Ciência da Informação, utilizando-se de conhecimentos interdisciplinares entre as áreas de Biblioteconomia, Arquivologia, Ciência da Informação e Tecnologias da Informação. Atua no mercado de Gerenciamento Documentos, Dados, Informação e Conhecimento há aproximadamente 14 anos, desenvolvendo projetos de concepção e Implementação de Arquivos Empresariais/Corporativos, Centros de Informação e Documentação, Bibliotecas Universitárias / Especializadas, Bibliotecas/RepositóriosDigitais/Institu-cionais, Informatização de Recursos e Serviços de Informação, Organização e Tratamento da Informação Arquivística/Corporativa, Mapeamento de Processos, Classificação de Conteúdos Arquivísticos, Descrição Arquivística, Avaliação Documental, TTD - Tabela de Temporalidade Documental, GED - Gerenciamento Eletrônico de Documentos. Desenvolvimento e Aplicação de Linguagens de Representação Documentária para organização e recuperação de conteúdos em ambiente digitais (Taxonomia e vocabulário controlado). Aplicação de Tecnologias da Informação e Comunicação baseadas na filosofia e metodologia do Movimento de Acesso Livre ao Conhecimento. (Fonte: Currículo Lattes)  

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