"Nós estudamos 3 ou 5 anos para trabalhar
com a informação e não a disponibilizamos corretamente entre nós mesmos."
É esta a sensação da Bruna ao navegar pelos sites dos CRBs na internet. Está
claro que nossos conselhos precisam de força e adesão. Quem se habilita? Veja
na coluna da Bruna Gomes desta semana:
SEM DAR
NOME AOS BOIS:
Foi-se
o tempo em que rede social era sinônimo de entretenimento. Hoje, se for bem
usada, ela é capaz de trazer informação.
Analisei 11 sites do CRB (Conselho Regional de Biblioteconomia) e o site
do Conselho Federal para saber de que forma estamos usando essas ferramentas a
nosso favor. Os resultados não são muito animadores: dos 12 sites, 5 divulgam
alguma coisa através do facebook ou twitter, e desses 5, apenas 3 trazem noticias
relevantes e satisfatórias. Um tem um
layout interativo e chamativo, totalmente fora do padrão, outros 3 não criaram
páginas, criaram conta como pessoa no facebook, o que restringe o acesso às noticias
por causa do processo para ser adicionado.
Além de checar redes sociais, analisei as noticias e eventos na página
principal: alguns conselhos não colocaram nem uma nota sobre o Dia do Bibliotecário.
Outros, usam o site do conselho como painel de divulgação de aniversariantes do
mês.
Levando - se em conta todo o trabalho que existe por trás da manutenção dos sites e das
contas na internet, em alguns conselhos vi um grande descaso. Nós estudamos 3
ou 5 anos para trabalhar com a informação e não a disponibilizamos corretamente
entre nós mesmos. E não se trata de ferramentas para informar bibliotecários,
poderíamos atrair profissionais de outras áreas, ou divulgar sobre leitura. Não
é impossível fornecer um conteúdo de qualidade, seja qual for a situação.
Estamos tão mal na foto que se digitar CRB no Google aparece o Clube Regatas de não-sei-o-quê ):
Estamos tão mal na foto que se digitar CRB no Google aparece o Clube Regatas de não-sei-o-quê ):
DANDO
NOME AOS BOIS:
Conselho Federal de Biblioteconomia: Não
utiliza redes sociais, mas a página principal está bem atualizada.
Conselho Regional de Biblioteconomia 1ª região:
Além de usar facebook, twitter e youtube, estão desenvolvendo um novo site com
um layout moderno.
CRB2: Não usa redes sociais, layout padrão,
poucas noticias e eventos. Na página principal, uma lista de aniversariantes do
mês.
CRB3: Sem noticias novas desde dezembro de 2012,
porém os eventos estão atualizados, também não tem redes sociais.
CRB4: Mesma linha, última noticia de fevereiro
de 2013 (aniversários), e um único evento: o congresso de julho.
CRB5: Não usa redes, porém a página principal do
site compensa.
CRB6: Além de uma página principal com um
ótimo conteúdo, possui um blog que divulga até oportunidade de emprego, uma
página no face e uma conta no twitter atualizadas recentemente.
CRB7: Tem facebook, mas poderia melhorar:
uma conta como página é muito mais dinâmica e melhor para divulgar do que uma
conta como pessoa, por que o acesso às informações depende da aceitação. No
caso de uma página não existe esse empecilho, é só curtir e pronto.
CRB8: Possui blog, e facebook como pessoa,
na média no que diz respeito as atualizações, inclusive na página principal do
site. A conta no site de armazenamento de imagens Picasa, é uma boa ideia,
realmente inovadora, dá pra realmente ficar por dentro do que acontece no
conselho.
CRB9: Página principal pouco atualizada, tem
links interessantes na barra lateral, porém a conta no facebook é como pessoa.
CRB10: Ultimas atualizações são de julho-agosto
de 2012 na página principal, possui um grupo no Yahoo, não consegui acessar.
CRB11: Desatualizado, apenas um evento neste ano, e de janeiro,
não usa nenhuma rede social.
Opinião
Bruna Carolina Gomes é aluna do 3º semestre noturno e blogueira do Pontos de Acesso.
Opinião
A análise da
Bruna é muito interessante e reforça a necessidade do bibliotecário contribuir
mais coletivamente. Temos inúmeros bibliotecários no Brasil ultraespecializados
em arquitetura da informação e utilização de redes sociais. Onde estão esses
bibliotecários que não ajudam os seus próprios Conselhos de classe? Sabemos que
participar de movimentos associativos é uma atitude individual, nem todos tem
tempo e interesse, mas isso nos faz pensar no porquê a profissão não tem o
destaque social que poderia ter. A entrevista com o Oswaldo (OFAJ) reflete muito isso. Sua
história de vida é um exemplo de um bibliotecário que tem lutado pelo coletivo.
Os alunos do 6º e 8º
semestres (a partir de agosto/2013) receberão visitas das principais entidades
da nossa área para tentar motivar os futuros bibliotecários para um olhar mais
amplo de sua atuação profissional e social. Vamos lançar algumas
sementinhas...
Bruna Carolina Gomes é aluna do 3º semestre noturno e blogueira do Pontos de Acesso.
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