A aluna Renata Corrêa, do quarto semestre do período matutino, enviou seu relato da palestra com Ricardo Queiroz, que veio a convite da professora Tãnia Callegaro falar aos alunos da disciplina de Projetos Culturais sobre Políticas Públicas.
Querem saber como foi?
Dia 26 a professora Tânia Callegaro, da disciplina de Projetos Culturais, nos apresentou Ricardo Queiroz. Ele chegou falante, contando primeiramente sua trajetória até se formar bibliotecário pela FESPSP e depois descreveu como encontrou seu lugar no mundo, mais especificamente na área de politicas públicas de ação cultural vinculadas a leitura. E concluo que algumas pessoas escolhem a biblioteconomia e outras a biblioteconomia os escolhe. Ele foi escolhido, envolvido e direcionado de uma forma singular.
Figura atuante, percorreu todos os meandros da biblioteconomia e não se contentou em tornar-se "patrimônio" de biblioteca, preferiu ser um livro aberto, andante. Tornou-se um agente politizado, consciente e atuante e nos passou uma postura de luta para que as bibliotecas de forma geral, mas, mais precisamente, as públicas e comunitárias, sejam muito mais que pontos de leitura e pesquisa estáticos e passivos; que sejam terreno fértil para transformação, idealização, conscientização, empoderamento de direitos, de conquistas sociais educacionais e culturais; que o profissional bibliotecário propicie a atuação e conscientização social e não se limite aos espaços da biblioteca.
A nossa área é e sempre será referência como base de acesso à informação, mas os professores da FESPSP se esforçam para que ampliemos nossa visão sobre o universo do conhecimento, da diversidade, do multiculturalismo, do direito e do poder de transformação e do papel do profissional bibliotecário como agente nos processos de conscientização social.
Pensando sobre o discurso do Ricardo lembrei que algumas semanas atrás me deparei com uma situação que despertou em mim uma reflexão desanimadora:
"Me deparo com alguns profissionais da área de biblioteconomia que, literalmente, personificam a postura de livros antigos nas prateleiras das bibliotecas, 'eternamente parados e fechados' e ai de quem tentar tira-los desse comodismo".
Que a nossa geração de bibliotecários seja como livros abertos, agentes ativos e passionais em nosso intuito de nos formarmos como bibliotecários e peças ativas na engrenagem da transformação social. Foi a mensagem que recebemos do Ricardo Queiroz e que a professora Tânia Callegaro tem trabalhado em sua disciplina.
Gratidão por mais esse exemplo de como ser esse livro aberto e de como fazer valer nosso juramento...
"Prometo tudo fazer para preservar o cunho liberal e humanista da profissão de bibliotecário, fundamentado na liberdade de investigação científica e na dignidade da pessoa humana".
... Ah! Ele é também um ótimo contador de histórias e escritor de contos e crônicas, vale a pena dar uma stalkeada na web.
Foi um prazer passar o relato, agradeço a oportunidade de participar da monitoria.
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