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Coluna: Espaço GEEK - "Semana SENAC de Leitura" Por Ana Beatriz Cristaldo.



Sim, eu estou em todos os lugares, quem nem a Matrix ou o deus que você acreditar.

De todo modo, essa participação é para falar de um evento no qual eu fui responsável pela contratação de palestrantes, negociação, montagem, mediação e organização. E dizem que bibliotecário só guarda livro né?
Deixem-me contar a estória sobre a Semana Senac de Leitura:



A SSL (Semana Senac de Leitura) é um evento organizado pela biblioteca de todos as unidades do Senac, e que tem como objetivo incentivar a leitura e a cultura. Todo ano, temos um tema central para desenvolver nossas ações, a deste ano foi: Literatura Fantástica e Cultura Geek.
Que raio que é isso Ana?
Literatura Fantástica é um tipo de narrativa literária no qual o centro da história, o núcleo que faz com que ela se desenvolva, não existe ou não são reconhecidos pela nossa realidade (cada um tem a realidade que quiser, veja bem).
E a Cultura Geek (termo em inglês usado para Nerd) é: super-heróis, quadrinhos, cinema, animação, ficção científica, mangás, vídeo games, jogos de tabuleiro, tecnologia, figuras colecionáveis, uma parte da cultura pop também, músicas e assim... QUASE TUDO!
Com essa gama de possibilidades inimagináveis e esplendorosas, foi difícil escolher apenas algumas parcerias para construir essa experiência conosco, mas conseguimos e foi MARAVILHOSO.
Na segunda-feira, 24/04 recebemos o animador e estudante de cinema Alailson de Melo, que fez uma roda de conversa sobre as adaptações literárias fantásticas para o cinema. Explorando ambas as linguagens (páginas e a tela), alguns pontos foram discutidos e ressaltados, tais como:
·         O processo de criar e montar um filme envolve muitos profissionais, com muitas opiniões e muitas experiências;
·         O autor do livro, em grande parte dos projetos, não tem voz no desenvolvimento da adaptação da obra, pois uma vez que os direitos do material são da editora, é esse material que a produtora compra e trabalha (salvo exceções como a série Game ofThrones e Harry Potter, na qual Martin é produtor da série e JK.Rowling podia acompanhar as gravações);
Os personagens criados nos livros estão submetidos ao ator que vai interpretá-los, pois assim ele pode agregar diversas características que previamente não estavam nos livros, exemplos usados: o Alvo Dumbledore interpretado por Richard Harris em a Pedra Filosofal (calmo, centrado, sábio) e Michael Gambon, que o interpretou em todos os outros filmes da franquia (energético, ativo, inteligente e igualmente sábio);
·         Quando lemos um livro o criamos na nossa cabeça, um filme particular, seria exigir demais dos produtos que criassem o filme particular de cada fã;
·         E o mais importante: O filme tem que funcionar sozinho, você não pode ser obrigado a ler o livro para poder assistir ao filme, sendo assim: adaptações no processo de levar o filme para a mídia visual PRECISAM ser feitas.

 
Alailson palestrando animado

Na terça-feira, 25/04 tivemos uma discussão polêmica e proveitosa sobre jogos digitais versus jogos de tabuleiro. Jogos digitais são o futuro e jogo de tabuleiro é coisa de velho? Um é individualista e o outro é familiar? Jogo de tabuleiro compensa, é um segmento lucrativo? Jogo de vídeo game é a personificação de uma sociedade antissocial? Qual é o espaço que a mulher ocupa em tudo isso?

Só bafão.
Quem montou essa discussão? O professor de Jogos Digitais: Gilberto e o Rodrigo Gyodai, headmarketing da editora de boardgames Galápagos Jogos.
AH! E ainda teve experimentação de jogos da editora depois do bate-papo.



 
Roda de conversa











 
Rodrigo explicando para a galera como jogar. Alguns dos jogos disponibilizados foram: Dixit, Imagine, Winter of dead, Ticket to Ride, Black Stories e Timeline.




  

Na quarta-feira, 26/04 recebemos a ilustre presença do Olavo Costa eTainan Rocha (ambos ilustradores, coordenadores da Quanta e mais uma carambada de coisa maravilhosa), Marcelo Campos diretor da Quanta Academia de Artes e o Professor Vinicius que dá aula na unidade Senac Largo Treze. A conversa foi sobre o mercado dos quadrinhos, graphicnovels e mangás (tudo a mesma coisa) no Brasil, como começar, dá pra ficar rico? É só pelo amor à arte ou o que? Os brasileiros no mercado exterior, as mulheres na produção dos quadrinhos e o empoderamento feminino nessa arte em específico.
 



 Além disso, todos os participantes ganharam a segunda edição do Gibi Quântico, uma fanzine que traz vários mini-contos criados e ilustrados por alunos da Quanta. 


 Teríamos uma roda de conversa com os autores Felipe Castilho e Aline Valek na sexta-feira (28/04), porém devido à greve geral nacional, o evento foi cancelado.
Além de todas essas ações, tivemos durante toda a semana a Troca de livros, onde a ideia é trazer um livro de casa e trocar por uma história nova.
 


Enfim, foi um trabalhão danado, mas foi muito bacana e gratificante.
Obrigada pela oportunidade de poder compartilhar essa experiência com vocês.
Se agasalhem e levem guarda-chuva pra não gripar.
Paz.


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