Há
algum tempo a Monitoria Científica fez a divulgação do VIII SENABRAILLE (Seminário Nacional de Bibliotecas Braille) que ocorrerá em São Paulo entre 28
e 30 de abril. O evento nasceu com a ideia de gerar discussão e pesquisa a
respeito dos problemas encontrados pelos deficientes visuais em seu acesso a
biblioteca, levando em conta essas dificuldades o seminário visou o debate de
técnicas, métodos e tecnologias que promovessem a acessibilidade para esse tipo de usuário. Na descrição do próprio site do evento eles dizem ser “[...] um espaço de discussão para formular, reunir e realizar troca de experiências entre os profissionais que trabalham nas bibliotecas, sobretudo, para atender o público com deficiência visual ou cegueira”.
Com a programação divulgada a Monitoria Científica FaBCI
pensou em trazer o tema para a pauta da semana.
Sempre quando falamos na acessibilidade para bibliotecas é normal
pensar nos deficientes físicos e o trabalhoso acesso ao local biblioteca, os
erros constantes dos arquitetos em prover rampas ao invés de escadas,
elevadores para acesso aos andares superiores, banheiros especializados,
estantes espaçadas com alturas corretas, entre outros diversos fatores; porém,
a realidade de quem é deficiente e acessa a biblioteca vai muito além.
Deficientes visuais são usuários constantes em bibliotecas, tanto
que o ramo de áudio livros é
extremamente popular e necessário para qualquer biblioteca. Os livros em braille (sistema de leitura através do
tato para deficientes visuais) são mais difíceis de serem encontrados, porém, também tem seu espaço.
Pensando nessas questões a Biblioteca
Nacional disponibiliza desde 1969 obras que atendam essa demanda de usuários
com uma sala especializada para deficientes visuais e mais de 7.000 obras em
braille.
Mas
será que realmente existem tantos usuários com esse tipo de particularidade? A
resposta é SIM! Não a toa que o maior leitor da já conhecida Biblioteca de São Paulo é um
deficiente visual!
“Sérgio Luiz Florindo, de 51 anos, já pegou de
empréstimo 533 livros na Biblioteca São Paulo, zona norte da capital. [...] Florindo
se tornou um devorador de obras. No áudio do DVD da sua casa, chega a ouvir
três livros em um dia. A biblioteca permite que ele pegue dez obras de cada
vez, ele nunca pega menos que isso.” (fonte:
Estadão)
Assim como qualquer outro usuário os que possuem deficiências ou necessidades diferenciadas devem ter acesso ao acervo de maneira clara, facilitada e respeitosa. É nosso dever como disseminadores da informação sermos o mediadores entre eles e o acervo, inovar em métodos que promovam a acessibilidade para todos, e sempre investir em novas tecnologias que auxiliem cada vez mais no acesso da informação para todos.
Ficou interessado? Então confira os links abaixo.
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